O Futuro do Sistema Tributário Brasileiro e a PEC 45
- Lilian Fonseca
- 27 de set. de 2023
- 2 min de leitura
Exploraremos agora o cenário tributário brasileiro por meio da Proposta de Emenda Constitucional 45 (PEC 45), conhecida como a PEC da Reforma Tributária. Apresentada pelo governo federal em 2019, essa proposta visa uma ampla remodelação do sistema tributário nacional e está em processo de análise no Congresso Nacional.
A essência dessa proposta é a criação de um novo sistema tributário no Brasil. Ele seria composto por dois principais impostos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). O IBS seria um tributo sobre o consumo, incidindo em todas as fases da produção até o consumidor final. Por outro lado, a CBS incidiria sobre a produção e comercialização de bens e serviços, sendo paga pelas empresas.
Importante destacar que essa mudança também implicaria na extinção de diversos impostos já existentes, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Serviços (ISS), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a alteração de perspectiva a incidência de outros, como do ITCMD, e ainda, a manutenção de vários outros tributos que já existem hoje, como o Imposto de Renda (IR), Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana e Rural (IPTU) (ITR), e o Imposto sobre as Operações Financeiras (IOF).
Contudo, é essencial observar que essa reforma tem seus aspectos positivos e desafios. Do lado positivo, muitos entendem que será alcançado, a desejada simplificação do sistema tributário, a possibilidade de redução da carga tributária para empresas e consumidores, o aumento da competitividade das empresas brasileiras e o atrativo para investimentos estrangeiros.
No entanto, diversos críticos entendem que também há riscos potenciais a serem considerados. Entre eles, há a possibilidade de um aumento da carga tributária sobre os segmentos mais vulneráveis da população, como os mais pobres e trabalhadores. Além disso, há a preocupação com o aumento da burocracia, o acréscimo de complexidade ao sistema tributário e o risco de estimular práticas de sonegação fiscal.
Dessa forma, a análise da PEC 45 envolve ponderar cuidadosamente os benefícios que ela pode trazer, bem como os riscos que pode apresentar. É fundamental considerar como essa proposta pode afetar a vida das pessoas e o funcionamento do sistema tributário como um todo.
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